quarta-feira, 30 de outubro de 2013

EU VOLTEI...


Depois de um longo de tenebroso momento sem passar por aqui voltei justo no dia de hoje. Dia do livro! Dia este que gostaria que fosse comemorado por todos os brasileiros com seu exemplar favorito sob vossos olhos. Mas como?

Como se alguns de nosso livros favoritos custam quase 100 reais?
Como se nas escolas não se cultiva mais as pesquisas em bibliotecas?
Como se as pessoas acham mais rápido (porém não mais eficiente) as páginas da web do que as folhas amareladas de um bom e velho livro de pesquisas?
Como se as pessoas preferem fantasias as suas vidas em redes sociais do que viajar nas fantasias de um bom personagem de Monteiro Lobato? E muitos sabem que foi Monteiro Lobato? É acho que, afinal o Sítio do Pica Pau Amarelo passou por muitos anos na Globo.
E por fim, porque andar com um livro de mais de 700 paginas, se você pode guardar vários livros de 700 páginas em um Tablet de 16GB?

Mesmo sendo refém da tecnologia nada me tira o prazer de folhear um bom livro. Afinal mesmo com toda a modernidade do séc. XXI o homem ainda não é capaz de reproduzir o maravilhoso aroma que exala dos livros.



sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Não seja tão bonzinho

Com a chegada das festas de fim ano as pessoas tendem a ser "melhores" umas com as outras e os presentinhos de 1.99 sempre abrandam os corações daqueles que detestamos ao logo do ano que chega ao fim. E sem contar com as chamadas de fim de ano dos meios de comunicação, que é igual as celebridades no tapete vermelho, nem todos acetam na roupa. 

E já que estamos falando de temas natalinos, não podemos deixar de falar das decorações que fazemos em nossas casas. Tem gente que pensa que o Natal é o Carnaval e que o importante mesmo é aparecer. Tem presépio que encontramos até um Papai Noel ali dentro, mas como assim, quer dizer que o "bom velhinho" presenciou o nascimento de Jesus Cristo? 

E o mês de dezembro hein? Bom demais da conta, confraternizações, festas onde comemos e bebemos na casa das pessoas e não pagamos nada, e se você morar em Recife ainda tem o feriado da Padroeira Nossa Senhora da Conceição. E como bons brasileiros que somos, fechamos TUDO em um feriadão. Até os evangélicos que foram proibidos de assistir a novela Salve Jorge viajam no feriadão de Ceça.

Movidos pelo ar bondade que paira sobre o mês de dezembro, surgem as campanhas... a do agasalho, pelo amor de Deus as pessoas sente frio no mês de dezembro, aqui no Brasil? Imagina uma campanha dessas na cidade de Petrolina ou na de Pombal, só se fosse para matar todos os desabrigados da cidade. Mas falando sério, não que eu seja contra a estas campanhas, mas as pessoas sentem fome, sede, carência o ano todo e só mês de dezembro é que nos lembramos de sermos "bonzinhos", não seja tanto. Como diz um amigo meu "quer ser bom mate os velhos" é nós te conhecemos e sabemos como você realmente é nos outros 11 meses.

E que venham as festas de fim de ano, os especiais de TV, as maratonas dos melhores programas que assistimos ao longo do ano, os amigos secretos, que muitas vezes somos obrigados a participar, os abraços e risos forçados, mas não nos esqueçamos do verdadeiro espírito do Natal, que o de ceder e perdoar, afinal Nosso Senhor se sacrificou por nós, deu a vida, então não custa nada darmos uma risada para alegrar qualquer idiota sem graça, até mesmo sendo eu.

Boas Festas











   

terça-feira, 6 de março de 2012

O que há por trás do projeto de “cura gay”

Falar de homossexualidade é sempre polêmico. O comportamento foi considerado doença até 1973, quando a Associação Ame­ricana de Psiquiatria suprimiu a preferência sexual por indivíduos do mesmo sexo do rol de doenças mentais. Foi quando a palavra perdeu o sufixo “ismo”, que significa doença, e adotou o “dade”, que significa modo de ser. Há dois anos a Associação Americana de Psi­co­logia declarou que a homossexualidade não era uma patologia e, em 1993, foi a vez da Organização Mun­dial da Saúde (OMS) retirar a homossexualidade de sua lista de doenças mentais.

Mas o estigma permanece em alguns setores da sociedade e vira e mexe vem à tona. A mais recente i­ni­ciativa nesse sentido partiu do deputado federal por Goiás João Campos (PSDB), que é evangélico. Ele apresentou um projeto de decreto legislativo para sustar dois artigos instituídos em 1999 pelo Conselho Federal de Psicologia que proíbem os psicólogos de emitir opiniões públicas ou tratar casos de homossexualidade como um transtorno. O projeto que fi­cou conhecido como “cura gay” ganhou as redes sociais e foi alvo de críticas de todos os lados. E de apoio por parte da comunidade religiosa mais conservadora.

Em entrevista ao Jornal Op­ção, o deputado afirmou que a proposta havia sido deturpada por alguém de má-fé. “Não estou discutindo a homossexualidade, mas a competência do Conselho Federal de Psicologia para estipular uma lei.” Segundo ele, o conselho usurpou a função do Parlamento porque essa matéria não pode ser objeto de resolução, mas de lei. “Estou propondo que o Parlamento torne a resolução sem efeito. Se votarmos uma lei com o mesmo conteúdo, sem problemas porque foi o Con­gresso que fez.”

O deputado diz que aceita as definições da ciência em relação à homossexualidade. “Não é uma patologia, então não cabe tratamento. Mas é uma questão comportamental, ainda sem conclusão científica.” Todavia, ele defende que os homossexuais tenham acesso a tratamento, caso o busquem. “Temos que respeitar a vontade da pessoa. Se é maior de idade, responsável pelos seus atos, entende que é comportamental e quer um auxílio, por que tem que proibir?” É sobre esse aspecto que ele diz discordar da resolução do o Con­selho de Psicologia.

O deputado alega que, com o projeto, estaria valorizando o papel de deputados e senadores na medida que defende as prerrogativas do Parlamento. “A matéria vai ter apoio da Casa, independentemente de credo ou partido.” Não é a opinião de um parlamentar goiano que prefere não se identificar para não se indispor com João Campos. Ele considera a proposta ridícula e diz que ela envergonha Goiás e o PSDB, que fica com a pecha de partido arcaico, da Idade Média. Se­gundo o parlamentar, o projeto vai ser arquivado imediatamente porque esse tipo de matéria não tem espaço no Congresso.

O presidente do Conselho Re­gional de Psicologia de Goiás e Tocantins, Wadson Arantes Gama, explica que a resolução em questão tem o objetivo de deixar claro o papel do psicólogo durante o tratamento, que vem a ser: respeitar a singularidade, compreender o indivíduo em toda sua complexidade. “A resolução orienta o profissional a atender o indivíduo na sua globalidade. Não podemos, a partir de nossa moral e preconceitos, querer que ele mude e dar conselhos para ele mudar”, explica Wadson Gama.

Atitude que também é preconizada em relação à religião. Se alguma pessoa chega a um consultório de psicologia deprimido por causa de pressões da religião que escolheu, não cabe ao psicólogo orientá-lo a deixar a religião, mas a lidar com da realidade dele. “Não estamos indo contra o que prega a religião evangélica, mas a favor dos direitos humanos previstos na Constituição, afirma Wadson Gama. O presidente nega também que o conselho esteja legislando. “Somos uma autarquia e a resolução é baseada em nosso Código de Ética.”

Quanto à homossexualidade, Wadson Gama explica que os psicólogos veem como um item da personalidade. “Faz parte como faz a heterossexualidade e a bissexualidade.” Na opinião dele, projetos como esse podem fomentar a homofobia. “O Estado é laico e as religiões não devem entrar nessa seara.”

Para o psiquiatra Marcelo Cai­xeta, quem está entrando em seara alheia é o Conselho de Psicologia, “que tem emitido resoluções ilegais”. Ele dá exemplo de uma de 2003, que autoriza o psicólogo a fazer diagnósticos médicos. “Estão invadindo várias áreas da sociedade civil.” Inclusive na resolução questionada pelo deputado João Cam­pos, afirma.
“Quem pode dizer se é doença ou não é o médico e, nesse ponto, estou de pleno acordo com João Campos.” Se­gundo Caixeta, ao definir se ho­mos­se­xualidade é ou não doença, o conselho estaria extrapolando suas atribuições. Além disso, afirma o psiquiatra, o conselho também não pode legislar sobre o que o profissional faz. “Como o médico, o psicólogo deveria poder adotar o tratamento que quiser.”

Em relação à homossexualidade, Marcelo Caixeta tem um ponto de vista tão polêmico quanto o de João Campos. Segundo ele, já foi provado cientificamente que o cérebro do homossexual é diferente do heterossexual, na estrutura e no funcionamento. O que explica, por exemplo, o fato de o homossexual ser mais inteligente, conta o médico. A diferença entre os indivíduos é natural, “desde que não cause prejuízo para a pessoa”. O que provocaria uma desadaptação desse indivíduo. “Isso que caracteriza a doença”, afirma Caixeta. Segundo ele, a alteração no cérebro do homossexual produz um comportamento autodestrutivo uma vez que o coloca em maior situação de risco em reação a doenças graves, inclusive psiquiatras. ”Trata-se de uma situação desadaptativa, portanto é doença”, afirma.

E se o homossexual não está bem com sua condição, Marcelo Caixeta defende que o médico o oriente sobre como controlar a homossexualidade. “Se eu fosse um psicólogo estaria proibido de fazer isso.” Ele conta que há vá­rias doenças psiquiatras que le­vam ao comportamento homo­s­sexual e que ele trata a doença e o paciente deixa de ter tal comportamento. Ele mesmo confessa sofrer uma “doença mental” — a satiríase (excitação sexual mórbida e exagerada) —, a qual diz controlar com a prática religiosa. Marcelo Caixeta é espírita. “A religião, o amor a minha família e ao trabalho me fazem controlar a doença.” Segundo ele, o mesmo pode ser feito em relação à homossexualidade. “É uma condição médica que pode ser tratada e que a religião pode ajudar. Não curar, porque não é biológico, mas a controlar o comportamento indesejado.”

A médica e psicóloga Mariluza Terra, coordenadora do Projeto de Transexualismo da UFG, é categórica: “Homossexualidade não é doença, portanto não pode ser tratada”. Na opinião dela, João Cam­pos não tem autonomia nem legitimidade para tratar do assunto porque é um “ignorante orientado por preconceitos”. Segundo ela, a su­gestão chega a ser imoral.

Ari Ferreira de Queiroz, juiz e professor de Direito Constitucional da PUC Goiás, concorda com o deputado João Campos em relação ao que chama de estímulo da prática da homossexualidade. “Sou contra a defesa de que o homossexualismo parece algo mais certo que o heterossexualismo e me reservo o direito de não concordar com a prática do homossexualismo da forma como vem sendo estimulada por alguns setores sociais e segmentos da imprensa.”

No entanto, o juiz, a despeito de concordar com a atitude de João Campos, em relação ao projeto ele discorda. “Não cabe a classe política, não cabe ao Congresso Na­cional interferir nas questões internas das organizações da sociedade civil.” Segundo ele, o Conselho de Psicologia tem algum conhecimento que os demais não tem e de onde se fundamenta a forma com que vê os indivíduos. “Não cabe a um parlamentar dizer o que pode e não pode constar no ato administrativo interno de entidade classistas, seja da Psicologia, da OAB, do Crea, e João Campos, nesse aspecto, não está correto.”

Léo Mendes
Consultor em Direitos Humanos

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

De volta a Idade Média na Funase - Cabo de Santo Agostinho

Horrorizada com a barbaridade que ocorreu na Funase - Cabo ontem a noite. Um interno fora decapitado! Onde vamos parar? E me intriga é que uma unidade que é para ressocializar crianças e adolescentes, abriga jovens entre 18-21. Pois a rebelião foi orquestrada pelo pavilhão onde estes jovens dormem. Fico irritadíssima com certas qualidades de mãe que sabem de que seus filhos são capazes, chegam na imprensa e diz que "os meninos" estão reivindicando melhorias na unidade. Mas desde quando se corta uma cabeça, joga-se na frente da unidade para dizer que a água que se bebe é de baixa qualidade. Ai ela diz "os meninos bebem água de torneira" eu trabalho em comunidades da zona norte do Recife e muitas das famílias que visito bebem água da torneira e ninguém nunca morreu disso.
Mas o real motivo deste motim foi o fato da nova diretora Suzete Lúcio esta proibindo a entrada de drogas e a prostituição dentro da unidade. Ai você quer que eu acredite que esta mãe que falou que "os meninos" reivindicam melhorias dentro da unidade não sabia que acontecia toda esta "esculhambação"?
E coincidentemente, o jovem que fora decapitado era uma liderança dentro da unidade, mas "os meninos" estão apenas pedindo melhorias para a unidade...
É por isso que a unidade vive lotada, mães omissas que fingem que seus filhos são sempre as vitimas.

BRASIL MOSTRA A TUA CARA!!!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

POR ENCANTO

Você é um encanto
Tal encantamento
Dá-se por nada
Por tudo e pronto
Está feito o canto
Que em nenhum momento
Quebra ou risca
Pois em tu caminha a faísca
Que acende meu pavio curto
E me faz de isca
No seu corpo impoluto
A percorrer em ti
De ponto a ponto

P. Dias 26/04/2007

UM GURI

Você é linda demais

Teria de passar mil dias te descrevendo

Ficaria daqui lendo as formas

Entendendo as cores, interpretando os gestos

Faria sua descoberta em cada tom e sombra

Sentindo a cada linha o verso que brota

Como se fosse me achar em ti

Sabendo que você se perde em mim

Em pensamentos de homem

De um Guri em formação

Sabendo que não passo de criança

Buscando chamar-te a atenção!

P. Dias 11/10/2006

ILUSÃO

Hoje não tenho mais

Vontade de nada

Que não seja o ver você

De onde estiver

Ver o que é verdade

Não mero falsete

Quero teu anjo

Da guarda ser

Poder tua vida proteger

Ser teu amigo

Teu irmão

Ser teu espírito

Teu guardião

Dessa princesa um arqueiro

A fazer sua proteção

Desse castelo e teu império

Que vai alem da imensidão

Que vemos por aqui nesse ponto

Nesse papel em branco

Tornar cada letra ou conto

Uma verdade sincera

Não fazer de tudo um faz de conta

E sim uma voz macia

A te acalentar o dia

A noite que vai vadia

Sem luz ou qualquer afronta

Ser teu homem e teu bem

Ser teu o que tu queira

Ser tua eira

Tua beira

E não passar a você

A imagem de que tudo

Não passou de ilusão...

p. dias 18.06.2010